Homem afirma ter matado outras três pessoas neste ano, diz delegado
Suspeito disse que vítimas foram mortas a facadas enquanto dormiam. Duas eram pessoas em situação de rua. Assassinatos aconteceram em Iporã, no noroeste do estado, e são investigados.
O homem que foi preso na quarta-feira (5) e confessou ter matado Danilo Roger Bido Ferreira, de 32 anos, afirmou que também assassinou outras três pessoas em Iporã, no noroeste do Paraná. Conforme o delegado Luã Mota, ele se autodenominou como um serial killer.
Danilo saiu de casa de pijama na madrugada do dia 31 de agosto, dizendo à mãe que ia buscar um carregador de celular na casa de uma amiga. O corpo dele foi encontrado na manhã do mesmo dia, em uma estrada rural da cidade.
De acordo com o laudo da Polícia Científica, Danilo foi assassinado com 18 facadas. Relembre o caso abaixo.
O homem afirmou em depoimento que as vítimas não foram escolhidas por motivos específicos e que "só matava por matar", conforme o delegado. O suspeito não tem antecedentes criminais.
"Os outros homicídios que ele confessou, têm semelhanças. Todos eles foram cometidos também por faca, com golpes na região do pescoço e num raio próximo de onde ele mora, esse segundo investigado. [...] Foi um homicídio que a pessoa estava em frente ao bar dormindo, a outra aconteceu no bosque, a pessoa também estava dormindo, ele foi lá e matou, e a terceira também nessa mesma linha.", explicou Mota.
Segundo o suspeito, os assassinatos aconteceram nos dias 19 de março, 17 de abril e 4 de setembro, todos em 2025. Nos três casos, as vítimas estavam dormindo. Em dois deles, eram pessoas em situação de rua e, em outro, a vítima estava dentro de casa.
"Ele se identifica como serial killer e se identifica como uma pessoa que tem algum transtorno e que gosta muito de ver questões de morte, pesquisa morte no celular, está sempre lendo notícias de situações violentas e pesquisando questões violentas no seu dia a dia", disse o delegado.
No caso de Danilo, suspeito passou uma semana trocando mensagens para atraí-lo
Durante a investigação, a polícia descobriu que o suspeito trocou mensagens com Danilo durante uma semana antes do crime. O dia em que ele foi assassinado foi a primeira vez que os dois se encontraram, apesar de morarem próximos, segundo o delegado.
A partir dessas informações, Mota afirmou que pediu o confronto das digitais do homem com as digitais encontradas no carro de Danilo. O resultado da análise confirmou que elas eram as mesmas.
Depois disso, o homem de 23 anos foi preso na tarde de quarta-feira (5), enquanto estava no trabalho. Em depoimento, ele disse que atraiu Danilo para ter uma relação amorosa. Quando a vítima chegou ao local combinado, foi assassinada por ele.
O suspeito contou que voltou caminhando para casa. Ele também confessou que a roupa e os tênis usados por ele no crime foram queimados dentro do imóvel. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa dele, ele informou que a faca usada no crime estava embaixo de um colchão.
De acordo com o delegado, o suspeito disse que agiu sozinho em todas as etapas do crime.
O delegado informou que vai pedir pela prisão preventiva do homem, que no momento está preso temporariamente. Ele vai responder por homicídio qualificado e fraude processual.
A Polícia Civil continua investigando o caso e algumas diligências ainda deverão ser realizadas, segundo Mota. Após isso, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).
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Fonte: g1 Paraná