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Suinocultores do Paraná buscam novos mercados com retomada da produção na China

Postada em: 10/02/2022 Atualizada em: 10/02/2022 14:52:39 Número de visualizações 679 visualizações
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Suinocultores do Paraná buscam novos mercados com retomada da produção na China

Retomada da produção por lá indica que os chineses passarão a importar menos carne suína


Um dos maiores consumidores de carne suína do mundo, a China está reestabelecendo sua produção interna depois de exterminar grande parte de seu plantel de porcos vitimados pela peste suína africana, que chegou ao país em 2018.

A retomada da produção por lá indica que os chineses passarão a importar menos carne suína, o que impacta fortemente a suinocultura brasileira, em especial os estados do Paraná e Santa Catarina, que são os maiores produtores e grandes exportadores da proteína animal.

A China tem sido, nos últimos anos, um dos principais destinos da carne suína produzida no Brasil. “No ano passado, o Brasil exportou para os chineses 400 mil toneladas de carne suína. Neste ano, este volume vai cair pela metade”, diz Elias Zyder, diretor executivo da Cooperativa Central Frimesa. Com sede em Medianeira, no Oeste do Paraná, a Frimesa é a maior empresa brasileira de abate e processamento de suínos.

A notícia da redução da demanda pelos chineses chega num momento já crítico para a suinocultura brasileira. A estiagem prolongada quebrou boa parte das safras de soja e milho, principais componentes da ração animal, fazendo o custo de produção do suíno disparar.

A redução da demanda pelo mercado chinês está também provocando uma desvalorização da carne suína no mercado mundial. Nos últimos 90 dias, a tonelada do suíno passou de US$ 2,8 mil para US$ 2,3 mil. No caso do Brasil tem o agravante do impacto do câmbio nas cotações.

Para o diretor da Frimesa, a situação atual da suinocultura vai demandar um ajuste na produção, com uma redução em torno de 10%, e a diminuição das margens tanto da indústria quanto do varejo já que o consumidor não tem condições de absorver mais aumento no preço da carne.



Brasil lança campanha na Rússia para promover a carne suína e de frango

A busca por novos mercados é outra estratégia para driblar a crise e compensar a redução nas compras pela China. Um trunfo é o Paraná ter sido declarado área livre de febre aftosa sem vacinação, o que derruba qualquer restrição sanitária que até então o produto poderia ter.

Uma das iniciativas na busca de novos mercados é a campanha que a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), lançou esta semana em Moscou, na Rússia, para promover a carne suína e da carne de frango do Brasil.

A campanha se estenderá durante todo o mês de fevereiro em outdoors, relógios de rua, pontos de ônibus, entre outros, instalados na área turística de Moscou, ao redor do Centro de Exposições e da Praça Vermelha. Ao todo, são 69 pontos de publicidade na região central da cidade.

Realizada pela agência CAP Amazon e com a mensagem “Quality you can trust - a Long-term partnership” (na tradução livre, “Qualidade que você pode confiar - uma parceria de longo prazo”), a ação acontecerá em paralelo a um período de forte presença brasileira na capital russa, com a participação na Prodexpo - feira de alimentos que acontecerá entre os dias 09 e 11 de fevereiro - e a missão presidencial do Brasil à Rússia.

O objetivo é fortalecer as marcas internacionais Brazilian Chicken e Brazilian Pork em um momento estratégico para o setor. Recentemente, a Rússia anunciou a liberação de uma cota de 100 mil toneladas para importação de carne suína, e há expectativa de que os exportadores brasileiros enviem volumes expressivos para o mercado do Leste Europeu.

Ao mesmo tempo, os exportadores brasileiros também buscam expandir a participação da carne de frango no mercado russo, que já apresenta significativa participação entre os principais destinos da proteína animal do Brasil.

Hoje, a Rússia está entre os 10 maiores importadores da carne de frango do Brasil, com 105,9 mil toneladas embarcadas em 2021 (equivalente a 2,4% do total), gerando receita de US$ 167,3 milhões no período. A Rússia também se destaca entre os destinos de carne suína, com 9,2 mil toneladas importadas no ano passado (equivalente a 0,8% do total), com receita de US$ 23,8 milhões.

“Será um momento oportuno para destacar a imagem internacional da carne de frango e da carne suína do Brasil. Vamos reforçar nossa posição como parceiro estratégico pela segurança alimentar da nação do Leste Europeu”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: suinoculturaindustrial.com.br com informações de Gazeta do Povo

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