Dia 08 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras, dia de reflexão, de organização para que atentas e em luta desde os quintais e roçados, possam ocupar as ruas, redes sociais e praças manifestando e pautando nossas bandeiras de luta em unidade com as mulheres trabalhadoras das cidades.
Ecoar em nossa sociedade o que a gente quer, é necessário, pois vemos nos últimos anos um aumento nos índices de violência contra as mulheres. Mesmo com Leis como a Lei Maria da Penha, não é o suficiente para que a mulher tenha proteção e não seja oprimida.
São várias as bandeiras de luta, principalmente do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), entre elas: defesa da democracia, do nosso projeto popular de agricultura camponesa agroecológica e feminista, busca da efetivação de políticas públicas para uma vida digna para as mulheres do campo, das águas, das florestas e das cidades, entre outras.
A data de 08 de março é pra lembrar que mulheres lutaram por essas conquistas no Brasil e no mundo e a luta continua todos os dias:
Em 1827 para permitir que meninas fossem à escola;
Em 1879, para permitir mulheres a ingressarem numa universidade;
Em 1910, para fundar partido político de mulheres;
Em 1932 para votar no Brasil;
Em 1962, pelo estatuto das mulheres casadas para não ter que pedir permissão ao marido para trabalhar fora, para poder pedir guarda dos filhos e ter direito à herança, em caso de separação. A pílula chega esse ano ao Brasil;
Em 1974, o direito a ter seu próprio cartão de crédito;
Em 1977, a lei do divórcio;
Em 1979, poder praticar futebol;
Em 1988, Constituição Federal institui que Mulheres e Homens têm direitos iguais;
Em 2002, não ter seu casamento anulado por não ser virgem;
Em 2006, Lei Maria da Penha;
Em 2015, Lei do feminicídio;
Em 2018, importunação sexual é crime;
Em 2023, poder fazer laqueadura de trompas sem autorização prévia do marido. Igualdade salarial no mesmo cargo e função.
Parabéns mulheres por nossas lutas! E que os homens tomem consciência de que o papel deles, é lutarmos juntos por um mundo e país mais humano, igualitário, fraterno e justo, por que lugar de mulher é onde ela quiser!
Rosangela Parizotto
Especialista em Psicopedagogia, Gestão e Educação do Campo
Mestre e Pesquisadora em Educação - Unioeste
Doutoranda em Sociedade, Cultura e Fronteira - Unioeste