Eu confesso que tenho dificuldades de compreender os motivos pelo desprezo com a comunicação por parte de setores da sociedade. Sempre vem alguém que difunde a ideia de que se gasta demais com a imprensa. Ora, não são profissionais como tantos outros? Não precisam de recursos para sobreviver? Informação é importante e todos consomem algum tipo dela. Por isso continuo não compreendendo o total desprezo pela comunicação e pelos profissionais que atuam nela.

Ao ser convidado por este Portal a todo mês escrever uma coluna de opinião pensei comigo: “Vou escrever basicamente sobre comunicação e abordar os mais variados temas com viés comunicativo de fato, justamente para demonstrar a necessidade que temos de nos comunicar”. E com o passar dos dias percebo, cada vez mais, a necessidade de se falar sobre o assunto, até para descontruir narrativas que estão impregnadas no imaginário popular que na imprensa não se trabalha, ou que “é muito caro”.

E quando se trata de publicidade institucional, existe até lei própria para o tema: “LEI Nº 12.232, DE 29 DE ABRIL DE 2010 que dispõe sobre as normas gerais para licitação e contratação pela administração pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda e dá outras providências”. Ou seja, só se comunica nos órgãos públicos com a contratação de agência.

Ao Poder Público é exigido transparência. Qual a forma mais rápida e eficaz de dar transparência às ações executadas, obras e serviços prestados e em questões de utilidade pública? Pela imprensa! Pelos órgãos de comunicação! Pelos profissionais habilitados! Por veículos de credibilidade e devidamente registrados! As contratações de agência de publicidade são justamente para legitimar todo este processo, que há pouco tempo atrás não possuía muito critério, se utilizando, inclusive, de conteúdos apócrifos ou com credibilidade contestada.

É a Agência de Publicidade, no Órgão Público, que contrata os serviços dos veículos, repassando a eles os valores contratados, todos registrados via PI’s (Pedidos de Inserções), documentos que são anexados aos comprovantes na hora de efetuar os pagamentos. Existe uma série de critérios, existem inúmeros profissionais atuando, inclusive, nas produções. Nada é feito sem nota fiscal e sem prestar contas a Ministério Público, Tribunal de Contas, entre outros órgãos fiscalizadores. A Administração Pública mudou.

Eu continuo lamentando que os profissionais da comunicação ainda sejam tão desvalorizados ou desqualificados por parte da sociedade. Obviamente não são todos, pois, ainda temos a grande maioria que acredita, confia e sabe da necessidade dos profissionais de comunicação. Sou jornalista de formação e no decorrer do tempo percebi o quanto ela (comunicação/informação) pode ser preponderante na vida das pessoas, mas ao mesmo tempo, percebi que a comunicação pode incomodar muita gente. Os motivos? Cada um sabe o seu... Um forte abraço a todos e até a próxima!  

Fonte: Rodrigo Jung / Jornalista - (MTb 0012231/PR)